Vou contar para vocês um pouco da historia do Vaticano o menor país do mundo.
Imagine um país onde moram 900 pessoas, localizado
dentro de uma cidade e no qual o papa manda nos poderes Executivo, Legislativo
e Judiciário.
O Vaticano, sede da Igreja Católica
Apostólica Romana, é o menor país do mundo. Fica no centro de Roma,
capital da Itália, em um território que não chega a meio quilômetro quadrado e
onde vivem cerca de 900 pessoas. O papa, além de ser a autoridade máxima da
Igreja, também é o chefe absoluto dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário do Vaticano. Lá, não há partidos políticos. Quando um papa morre ou
renuncia, essa autoridade é concedida transitoriamente para um colégio de
cardeais – responsável pela eleição do próximo pontífice. A Fábrica de São
Pedro, órgão correspondente a uma prefeitura, cuida da manutenção dos prédios e
da limpeza pública, entre outras coisas.
O país não tem exército. Atualmente, a Guarda
Suíça – aqueles sujeitos com roupas medievais coloridas – cuida da vigilância
de honra das entradas da cidade e dos aposentos papais. A segurança armada fica
por conta da polícia italiana. A nação tem ainda emissoras de TV e rádio
próprias, além de um jornal impresso. Mesmo não sendo integrante da ONU, tem
ali observador permanente, com acesso a documentos e debates em todos os
programas.
O Vaticano não faz parte da União Europeia,
mas adotou o euro como moeda. O dinheiro do país é cuidado pelo Banco do
Vaticano, fundado em 1887 para administrar as finanças da Igreja. Oficialmente,
a economia do Estado está baseada em donativos e nos juros dos investimentos de
seu patrimônio.
O Estado da Cidade do Vaticano foi criado em
1929, com a assinatura de um acordo entre a Santa Sé e o premiê italiano Benito
Mussolini. Os fascistas indenizaram o Vaticano em 1,75 bilhão de libras pelas
terras tomadas durante a unificação italiana, em 1870. A formação do Estado
italiano foi um golpe duro de engolir para as autoridades eclesiásticas – na
Idade Média, os Estados Papais chegaram a ter um território contínuo que se
estendia desde a Campânia, no sul da Península Itálica, até a Emília-Romana, no
norte, com portos nos litorais Tirreno e Adriático. Isso sem falar no
sem-número de terras de propriedade da Igreja espalhadas pelo mundo todo.